A maturidade de Jenifer Martins

06.09.2016

A atleta de Jaboatão estará no Rio 2016 para o salto em distância e os 100m rasos

FONTE: FOLHA PE

O esporte paralímpico pernambucano é repleto de fortes referências. Dos precursores Suely Guimarães e Ivanildo Vasconcelos, passando por inúmeros incentivadores e recrutadores de novos talentos, desembocamos em uma tradição que se renova. Sempre temos fortes representantes nas Paralimpíadas. Entre os destaques locais que estarão na Rio-2016, podemos apontar a jaboatonense Jenifer Martins. Aos 26 anos, ela construiu uma carreira baseada na troca. O esporte a oferece mecanismos para uma melhor qualidade de vida, enquanto ela retribui com amor e dedicação diária.

Jenifer nasceu de um parto complicado. A falta de oxigênio durante alguns minutos provocou paralisia cerebral. Enquanto corria atrás de diagnósticos e tratamentos, a família encontrou um grande aliado: o esporte. Quando criança fez natação e balé. Na adolescência, já aos 14 anos, conheceu o atletismo e, desde então, fincou suas raízes. Os estímulos proporcionaram desenvolvimento a Jenifer. Não fosse pela fala um tanto travada, seria difícil notar qualquer patologia. Para continuar com a qualidade de vida, deve seguir caminhando lado a lado com o esporte. Caso contrário, poderá ficar vulnerável a retrocessos.

A parceria entre ela e o atletismo, contudo, parece não ter prazo de validade. Após mais de duas décadas de relação, ela se reinventou. Os tradicionais 100 metros rasos seguem firmes e fortes, mas agora dividem as atenções com o salto em distância, prova na qual ela compete há pouco mais de um ano e já obtém excelentes resultados. A pernambucana, por exemplo, chega à Rio-2016 com a segunda melhor marca da temporada no salto pela classe T38 (4.72m), com chances de medalha.

“Se levarmos em consideração que a líder do ranking é russa, e a Rússia não virá aos Jogos, Jenifer entra com a melhor marca do mundo. Acredito que ela vive seu melhor momento, está mais madura. Ter feito boas marcas no começo do ano deu confiança porque ela vinha fazendo 4.70m, 4.80m nos treinos, mas não rendia nas provas. Vejo chance de pódio, e ela vai competir muito confiante”, analisou o técnico da pernambucana, Abraão Nascimento.

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