Beatrice Vio, a italiana sem braços e pernas que luta esgrima e esquia

26.12.2017

Após ter os braços e as pernas amputados em consequência de uma meningite C e manifestar a vontade de se suicidar, Beatrice Vio, de 11 anos, ouviu do pai uma frase de encorajamento que mudou sua vida e, menos de dez anos depois, se tornou o nome do programa de TV que ela apresenta no principal canal da Itália, Rai 1.

Em “La Vita è una Figata!” (“A vida é um Barato!”), Bebe Vio, como a jovem é conhecida, entrevista pessoas comuns e celebridades que superam problemas e dificuldades para conseguir realizar o próprios sonhos.

Sucesso

Foi através da esgrima que Bebe Vio, hoje com 20 anos, tornou-se conhecida, e não apenas na Itália. “Quando saí do hospital, eu ainda estava em fase de recuperação, muito assustada e com medo do futuro. A história de Oscar Pistorius (atleta sul-africano) serviu como inspiração para que eu voltasse a lutar esgrima, o esporte que amava e que praticava desde os cinco de idade”, diz à BBC Brasil.

Em 2010, Bebe recebeu próteses feitas especialmente para poder lutar esgrima, voltou a treinar e a participar de competições. Em 2012, quando tinha apenas 14 anos, a família achou que ela não estava pronta para competir durante as Paralimpíadas de Londres – a jovem participou do evento como promessa do esporte, carregando a tocha.

De lá pra cá, ela conquistou diversos títulos mundiais. Isso inclui o principal deles, a medalha de ouro no torneio individual de esgrima nas Paraolimpíadas do Rio 2016, além da medalha de bronze na competição em equipe. Em novembro deste ano, venceu pela segunda vez o Campeonato Mundial de Esgrima Paraolímpica, em Roma. Também em 2017, foi escolhida a Atleta com Deficiência do Ano no Prêmio Laureus do Esporte Mundial, dividindo os holofotes em Montecarlo, em Mônaco, com o maratonista Usain Bolt.

Motor
 
Mas o sucesso pessoal não é o motor de Bebe Vio. Há sete anos ela mantém, com a família, uma associação sem fins lucrativos que auxilia crianças e jovens amputados a praticarem esportes.
“Minha missão é fazer com que os esportes paralímpicos tenham o mesmo reconhecimento das demais competições esportivas. E que as Paralimpíadas sejam disputadas na mesma data das Olimpíadas tradicionais.”
“Divirto-me conhecendo gente feliz e tentando contribuir para a felicidade de outras pessoas”, diz. “É por isso que minha a vida é um barato.”

Fonte: Bem Estar

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