Casa Segura: Como prevenir quedas

19.10.2016

Não subestime os riscos, principalmente dentro de casa, pois prevenir ainda é a melhor opção. Aqui estão algumas dicas para manter a casa segura e prevenir-se de quedas.

A queda pode ser um evento devastador em idosos. É sabido que quanto mais idoso, maior a probabilidade de vir a cair, principalmente ser for do sexo feminino. Torções, ferimentos leves, como arranhões, traumatismos cranianos, fraturas, especialmente a do quadril, são algumas das consequências de quedas. Cerca de 30% dos idosos caem ao menos uma vez por ano, destes, metade sofre duas ou mais quedas. A etiologia das quedas em idosos é multifatorial, envolvendo frequentemente fatores intrínsecos, decorrentes das alterações fisiológicas relacionadas à idade, associação de doenças, problemas físicos e psicológicos e fatores extrínsecos relacionados ao ambiente domiciliar ou em espaços públicos.

Para prevenir uma queda no ambiente domiciliar utilize sempre o corrimão descendo ou subindo as escadas e caso não exista providencie, não deixe objetos, fios e tacos soltos espalhados pelo chão, retire a fixação dos mesmos, atenção aos chinelos e barras de calças, ambos quando grandes podem levar a uma queda, cuidado com os animais de estimação, você pode vir a tropeçar, principalmente nos gatos que adoram se enroscar, cuidado com pisos molhados e por ultimo porem não mais importante, não ande no escuro a sonolência provocada ou não por remédios, pode interferir na visão e equilíbrio levando a uma queda.

Não subestime os riscos, principalmente dentro de casa, pois prevenir ainda é a melhor opção.

Agora seguem dicas para manter a sua casa segura e prevenir-se de quedas:

Quarto de Dormir e Vestir – Cama – larga, com um só travesseiro: altura de 0,45 a 0,50 metros incluindo o colchão que deve ter densidade adequada ao peso do usuário. É importante que a pessoa sentada na beirada da cama, apoie os pés no chão evitando assim a tonteira. A cama deverá ter cabeceira que permita à pessoa recostar-se. Evitar a sensação do frio, usando sempre colcha ou cobertor preso ao pé da cama.

Mesa de Cabeceira – Altura cerca de 0,10 m acima da cama com bordas sempre arredondadas. Sempre que possível fixada no chão ou na parede, evitando assim que se desloque caso a pessoa precise apoiar-se nela ao levantar.

Acessórios – Relógio digital com números grandes; suporte para copos; copos de plásticos ou metal; telefone e números de auxílio; lanterna na gaveta; controle remoto para televisão e sistema de ar condicionado ou de aquecimento elétrico; abajur fixo na mesa ou na parede; interruptor de luz próximo à cama.

Armário – Portas leves, de fácil acesso, arejadas; cabideiro baixo; gavetas com trava de segurança nos deslizantes; prateleiras com alturas variáveis; luz interna ao abrir a porta; puxadores do tipo alça.

Janelas – Sistema de abertura sempre para dentro ou de correr; persianas.

Cadeira ou poltrona – Ajuda para calçar meias e sapatos.

Banheiros – Paredes em alvenaria com resistência suficiente para a instalação de barras de segurança fixadas por ajuda de terceiros. Porta de acesso com 0,80 m e abertura para fora.

Box – Piso e proteção antiderrapante; largura mínima do Box: 0,80m; desnível máximo de 1,5 cm em relação ao piso do banheiro. Assento para banho fixo, largura 0,45 m, altura 0,46 m do piso.
Suporte/corrimão lateral/barras de apoio alturas variáveis; chuveiro portátil; porta objetos fixo; saboneteira para sabonete líquido com altura média de 1,20 m; fechamento do Box com material inquebrável e firme, sistema de portas de correr, ou utilização apenas de cortina plástica; torneiras de fácil manuseio – monocomando.
Tapete externo de borracha com ventosas; porta toalha bem próximo ao Box, altura média de 1,30 m.

Vaso sanitário – altura média: 0,48 a 0,50m; usar base para elevar o vaso. Descarga simples – caixa acoplada, ou descarga por botão. Ducha higiênica manual, altura média de 0,45 m do piso. Sabonete líquido próximo. Papeleira externa de fácil acesso, altura média de 0,45 m do piso. Barras de apoio altura de 0,30 m acima do tampo do vaso.

Bancada – Altura entre 0,80 a 0,85 m. Torneiras de fácil manuseio; ½ volta ou monocomando. Distância das torneiras da face externa frontal máxima de 0,50 m. Barras de apoio junto ao lavatório. Tomadas e interruptores altos em área seca – 1,10m a 1,30m. Sabonete líquido; porta toalhas: 1,10 a 1,30m.

Armários – Gabinete com área livre para movimentação das pernas no caso do uso de cadeira, banqueta ou cadeira de rodas. Espelho frontal iluminado. Espelho de aumento.

Sala de Estar e Jantar – Paredes de cores claras; usar cores e diferenças de texturas para estimular iluminação uniforme, contínua (vários pontos) e anti-ofuscantes (iluminação indireta) e três vezes mais forte que o normal, para compensar as dificuldades visuais.

Poltronas e sofás – Confortáveis, de boa altura (média 0,50 m) fáceis de sentar e levantar (profundidade média 0,70 a 0,80 m), com braços de apoio lateral e espaldar alto.

Mesa de apoio – Com telefone, abajur, próximo ao sofá, sem quinas vivas, evitar vidros ou materiais cortantes (altura média 0,60m). Estante – com prateleiras, bem fixadas ao piso ou à parede. Aparelhos de som e televisão com controle remoto. Evitar objetos pesados e de vidro.

Mesa de Jantar – Altura média de 0,75 m. Bordas arredondadas. Cadeiras sem braço; espaço livre no entorno. Como norma geral – Evitar tapetes soltos, cortinas pesadas e fios elétricos e de telefone soltos, pisos antiderrapantes, luz noturna nas circulações, interruptores (1,10m) nas entradas e saídas, ambientes livres de objetos e móveis baixos, boa iluminação, fácil manutenção e substituição de lâmpadas. Lâmpadas de emergência ou lanterna em local de fácil acesso.

Escadas e áreas de circulação – Corrimãos ao longo dos degraus com altura média de 0,80 m. Proporção entre a largura e a altura dos degraus. Início e final da escada demarcada. Sempre que possível usar rampas ao invés das escadas. As rampas devem ter uma declividade máxima de 10%.

Cozinha e área de serviço Pia e bancada – altura média 0,85 a 0,90 m. Torneiras de fácil manuseio – ½ volta, alavanca, monocomando. Armários não muito altos; objetos mais leves e de pouco uso devem ser guardados nos armários superiores. Armários inferiores sem portas e com área livre para movimentação das pernas no caso do uso de cadeira, banqueta ou cadeira de rodas; gavetas de fácil abertura, com trava de segurança e divisões para talheres. Apoio para alimentos próximos aos equipamentos: largura mínima de 0,40 m. Barras de apoio, instaladas em locais firmes.

Fogão – Botões de controles na parte da frente. Controles que fecham automaticamente quando a chama do gás se apaga, tanto nos queimadores quanto no forno. Botões e controles contrastantes com o fundo facilitando a visualização de temperaturas e ajustes; Controles digitais com números grandes e sinais auditivos também devem ser usados; controles de equipamentos embutidos devem ficar em local de fácil acesso; luvas térmicas e suporte forte para pegar utensílios quentes; aquecedor fora da cozinha e bujão de gás fora da casa.

Geladeira com congelador – Observar umidade; evitar colocar peso nas portas; preferir altura de prateleiras que permita o acesso sem precisar abaixar muito, nem levantar muito os braços; elevar altura da base, facilitando o acesso.

Carrinho de rodas e outros utensílios – Carrinho de rodas ajuda a mover utensílios e vasilhas da cozinha para outros ambientes; pratos e copos devem ser de plástico ou metal; cafeteira elétrica deverá usar bule de plástico; garrafa térmica também de plástico; forno elétrico ou micro-ondas deverão ser instalados em local de fácil acesso e permanecer desligados após o uso.

Texto Por: Cristina Camargo de Almeida e Flávia Yara Barboza
Gerontólogas pela UNISANTA, Conselheiras do Conselho Municipal do Idoso de Santos e Membros da ABG- Associação Brasileira de Gerontologia

FONTE:https://www.aterceiraidade.com

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