Mitos e verdades sobre o Alzheimer (parte dois)

05.12.2017

Saiba mais sobre alguns mitos e verdades sobre o Alzheimer!

A prática de exercícios físicos é importante para pessoas com alzheimer: VERDADE!

Exercitar-se pode retardar a manifestação da doença, assim como amenizar seus sintomas. “O exercício físico ao longo da vida retarda o aparecimento da doença. Também ajuda – e muito – os pacientes e seus cuidadores a terem uma melhor qualidade de vida”, ressalta Jerson Laks, coordenador do Centro para Doença de Alzheimer e Outros Transtornos Relacionados ao Idoso e professor do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

É possível evitar o mal de Alzheimer: PARCIALMENTE VERDADE!

É possível tentar prevenir, mas ainda não existem evidências científicas mostrando que é possível evitar a doença. “Atividades cognitivas, boa alimentação e exercícios físicos podem contribuir para retardar o início, mas não impedem o desenvolvimento da doença”, aponta Cássio Bottino, professor do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e diretor científico da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz). Especialistas também concordam que prevenir as doenças cardiovasculares pode colaborar para prevenir o alzheimer.

Jogos de raciocínio, como palavras cruzadas e sudoku, ajudam a evitar a doença: MITO!

Jogos de raciocínio podem ajudar amenizar os sintomas e até colaborar para o tratamento do alzheimer, mas não significa que vão evitar que uma pessoa desenvolva a doença. “Através destas atividades cognitivas que despertam os indivíduos para novas aprendizagens e bons desafios, combinados com uma boa interação social, podem abrir-se novos circuitos cerebrais e, assim, aumentar a chamada reserva cognitiva. Levará mais tempo para o cérebro ser danificado. Mas não se pode dizer que evitam a doença”, afirma o geriatra Paulo Canineu, professor da Faculdade de Medicina da PUC São Paulo e diretor do Instituto Paulo Canineu.

O alzheimer atinge apenas idosos: MITO!

Apesar de a doença atingir mais os idosos, ela também pode se desenvolver em pessoas com menos de 65 anos. “A Doença de Alzheimer de Início Precoce (Daip), que atinge pessoas com menos de 65 anos, é mais rara (cerca de 10% do total) e é caracterizada por um declínio mais rápido das funções cognitivas”, explica o psiquiatra Orestes Forlenza, professor pesquisador do Laboratório de Neurociências da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).

Se alguém na minha família tem ou teve alzheimer, eu também terei: MITO!

Não há evidências científicas que comprovem com segurança a hereditariedade da doença. “Ainda não sabemos todos os mecanismos genéticos envolvidos na doença de alzheimer. Alguns genes já estão reconhecidos, mas ainda há um bom caminho a andar nesse sentido para sabermos exatamente quais os principais responsáveis”, aponta Jerson Laks, coordenador do Centro para Doença de Alzheimer e outros transtornos relacionados ao idoso e professor do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

 

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